"Faut-il qu'il m'en souvienne
La joie venait toujours après la peine"
Guillaume Apollinaire, Le Pont Mirabeau
Gostei muito do poema do Alegre
(melhor não faria o Ary)
Lisboa está deserta, finalmente
Que era o que mais se queria por aqui
Lisboa não tem Amália (morreu!)
Também fugiu a gaivota do O'Neill
Está deserta, moribunda. O turista
Foi embora, e o tuk-tuk faliu
A cadeira na mesa do Pessoa
Está agora sem quem nela se sente
Ainda há o elétrico 28
O que falta de todo é mesmo gente
Gostava de roubar ao Ti Manel
Aquele final heróico e esperançoso.
Mas versos com gaivotas em Lisboa
Não sei porquê dá-me sempre para o gozo
Como me falta a arte, tal como a Graça
(Mouraria, Alfama e o Castelo)
Só me dá para finais mal enjorcados
Que jeito, como o turista, nem vê-lo
Percebem assim de forma completa
Como o meu desespero é extraordinário.
Para dar um sinal de esperança, tive
De ir gamá-lo ao Guilherme Apolinário
Sô Comendador, só te faltou mesmo o piano a acompanhar :-)
ResponderEliminarJá me ri tanto, Henrique... Fun!
ResponderEliminarAinda bem querida poeta. Bjs
ResponderEliminarQue saudades eu tinha disto. Destes espécie de disparos à queima roupa.
ResponderEliminarAbraços.