22 de março de 2020

Memória selectiva | (e só conseguir sobreviver assim)

Nilo, Maio de 2019

Encontrei isto numa caixa, entre guardanapos de papel e cordéis velhos. Tudo tão velho que as bolas de naftalina pareciam adoçantes para chá e o bicho da prata voltava ao repasto.
Não sei se cheguei a enviar isto a alguém. Mas é um rascunho e pode ter seguido por carta ou por desenho. Era assim que geralmente acontecia. Ter-me esquecido a quem queria dizer tudo isto deixa-me consciente que a memória sempre me protegeu e que foi nela, na seletiva, em quem eu sempre mais confiei. Agora, que já disse tudo sobre a coisa e o lugar, passo a escrever o que diz no papel que encontrei:


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