Amei sempre essa erma altura
e essa sebe, que esconde do olhar
a extensão do último horizonte.
Mas ficando e contemplando invento
espaços intermináveis mais além, e silêncios
sobre-humanos e uma tão profunda
tranquilidade
que quase perturba o coração.
E apercebendo-me o vento que passa
nessas folhas – este silêncio infinito, que a essa voz comparo: e lembro-me do
eterno,
das estações mortas, e da presente
ainda viva, do seu murmúrio.
Com tanta imensidade, o meu
pensamento afunda
E é doce naufragar-me neste mar.
Infinito de Giacomo Leopardi
(tradução livre de Ana Marchand)
Imagem Ana Marchand
Gosto de tudo
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